terça-feira, 29 de maio de 2012

Teatro


A morte é meu ditirambo,
meu escambo permanente com o destino.
A morte é meu escárnio,
adágio imanente de meu sorriso fenecido.

Rogo-vos, neste murmúrio sucumbido,
que me permita encontrar na solidão de vosso abraço
um coro de olhos arrependidos
tecendo loas, cantos dionisíacos
ao que foi uma vida de desterro e embaraço.

3 comentários:

  1. Eu gosto muito do nome do blog, da proposta e do que você escreve, Beijo.

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  2. Portentosíssimo! Bravo... Bravo poeta! Este, em especial, me foi muito mais longe... - não exclusivamente pelo meu interesse em teatro -, mas, longe no sentido poético, sobretudo pela honestidade. Li e reli com certo reconhecimento de meu próprio ofício. Muito bom este poema! Como os outros não poderiam ter a mesma importância?! Se for o público ou o próprio artista quem legitima a arte, não sei, mas este poema não pertence ao campo da dúvida. Ecce Poeticam!

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