Antes do sereno do teu olhar
Eu não conhecia a noite
- A noite do infinito breu.
Noite da invisível luz das estrelas,
Da lua multidimensional.
Antes desse borboletear de pálpebras
Não compreendia o silêncio...
O silêncio inebriado de sons milenares da natureza.
Mesmo antes de ver-te inteira,
Real como uma pintura abstrata
(onde a tinta é cheiro de fruta madura),
Eu era um cego de mil olhos,
Todos irremediavelmente sem destino furta-cor.
Até que mergulhei no tempo
De teu minuto ocular.
Comi a gravidade das horas.
Inventei a gravidez do instante.
E me curei do que os compêndios de medicina chamavam de
: a doença da cegueira eterna.
Cura numa volta ao tempo, por uma volta ao tempo. Passado-presente; presente-passado. Ponto de partida e chegada... Fiat Lux! E sara-se a "cegueira eterna".
ResponderExcluirEita irmão inteligente e sensível pra danar!! Coisa linda de morrer! Bjs!!
ResponderExcluirO olhar guarda tudo
ResponderExcluirE se fores cego
para enchegar os
outros lados;
é porque teus olhos
estão amando.