quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Gênese

Construo pedra
caule
folha
raiz de pernas em chumbo profundo...

A inefável membrana do sopro
Onde tudo é vácuo
Balão gasoso.

Pérolas emperram roldanas.
Desengrenagem,
Antimáquina,
Só ferro e aço e ácido
Noutra combustão qualquer.

Labareda.
Língua vertical em adereço vulcânico.
Caras bocas paus vertigem...
Fuligem em líquido fecundante.

Carnaval...
Antes noite que arde entre reza e vício.
Barro africano em gênesis procria mundos, caravelas, capitanias.

A lâmina escorre das veias heréticas
de deuses subnutridos de tanta fé
na angústia redentora dos sentidos metafísicos da palavra dor.

The end.

Nenhum comentário:

Postar um comentário